CÂMARA MUNICIPAL DE TRÊS LAGOAS

----- O PODER DO POVO -----

   
 
 
Vereador Guerreiro mediou o debate
 
Estado promete solução para transporte escolar rural durante audiência na Câmara
11/11/2005
 
Muito debate e busca por melhores condições de segurança e conforto para crianças da zona rural que estudam em Três Lagoas marcaram a audiência pública promovida pela Câmara Municipal nesta sexta-feira (11). O vereador Ângelo Guerreiro, autor da proposta, mediou a audiência.
De acordo com reclamações dele, dos pais de alunos e pecuaristas presentes na Câmara Municipal, o governo do Estado não vem cumprindo seu dever de proporcionar o transporte de qualidade para os alunos.
Assim, os ônibus oferecidos estão sem manutenção, têm problemas com os motoristas e até com falta de combustível, impedindo que as crianças tenham regularidade na freqüência às aulas.Os pais reclamaram ainda que os filhos, principalmente os que moram no Arapuá, são submetidos a muito cansaço e até humilhação para chegar à escola.
O representante da Secretaria Estadual de Educação, Ezerral Bueno de Souza afirmou no próximo ano o problema deverá ser totalmente solucionado com o rompimento do contrato com a empresa que opera o transporte na região de Arapuá.
Segundo Souza, o transporte rural é feito pelos municípios e o Estado precisou assumir esta função porque o prefeito Issam Fares rompeu um convênio, no qual o governo repassava os recursos e a prefeitura transportava.
Ele afirmou que o Estado não tinha prática na contratação do transporte e que acabou sendo contratada uma empresa que presta serviços inadequados. No entanto, ele garantiu que a mesma empresa não fará o trabalho no ano que vem e será impedida de participar da licitação.
Ainda assim, os pais se mostraram insatisfeitos, porque dizem que o Estado não tem solucionado a questão há anos. De acordo com o pecuarista José Manoel, uma das pessoas mais críticas à situação, o ex-prefeito Issam Fares acabou suspendendo o convênio porque o governo do Estado atrasava os repasses.
O representante da prefeitura, Jurandir da Cunha Viana Júnior, disse que o municípío já tem transportado cerca de 70% dos alunos que estudam na rede estadual, mas que a prefeita Simone Tebet está empenhada em não deixar ninguém sem aula. Ele afirmou que a construção de unidades escolares em algumas localidades vai minimizar o problema do transporte, mas que o Estado precisa dar a contrapartida.
Os vereadores Jorginho do Gás, Vera Helena, Gilmar Garcia Tosta e Antônio Rialino também participaram, defendendo a necessidade de buscar mecanismos para não penalizar ainda mais os alunos, pois muitos deles já são obrigados a passar quatro horas dentro de um ônibus.
O vereador Gilmar (PT), chegou a declarar que não passaria a mão na cabeça do governo e que não aceitava que o Estado ficasse inerte ao problema.
O debate foi acalorado em alguns momentos da audiência, mas o presidente da Câmara, José Augusto Morila Guerra, mediou, afirmando que o Legislativo vai enviar um documento formal à Secretaria Municipal de Educação, pedindo as providências.