“Temos mais alguns dias, meses de trabalho e vamos continuar exercendo nosso mandato”. Esta é a postura do vereador Ângelo Guerreiro (PDT), diante do julgamento da perda de mandato feito pelo TRE/ MS (Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul), na última terça-feira (6), cuja votação foi suspensa devido a um pedido de vistas do processo, quando quatro, dos seis desembargadores, votaram pela devolução do cargo de vereador ao PSB.
Guerreiro concedeu uma entrevista coletiva a imprensa de Três Lagoas, para dar maiores esclarecimentos sobre o processo, na manhã desta quinta-feira (8), na Câmara Municipal. Na oportunidade o vereador falou também sobre eleições 2008 e o trabalho exercido durante seus três anos de mandato.
No que se refere ao processo Guerreiro deixou claro que o próximo passo será contestar o julgamento do TRE/MS, alegando sobretudo a falta de intimação de seu advogado, que não foi citado para participar da votação e, em último caso, se couber recurso, a realização de um novo julgamento.
Com o pedido de vistas, a nova votação do processo dependerá da pauta do TRE/MS. O desembargador que pediu para analisar o processo de perda de mandato de Guerreiro tem no mínimo cinco dias para analisar a ação.
Questionado se está “desocupando as gavetas” Guerreiro disse que não faz isso e que nem discursará em tom de despedida, na próxima terça-feira (13), durante a sessão da Câmara.“Para mim não muda nada nós estaremos dando continuidade ao nosso trabalho. Não sei se ficarei no cargo até o fim do ano, mas tenho ainda alguns dias, meses para exercer meu mandato, que não foi feito por nomeação, e sim, foi dado pelo povo”, enfatizou Guerreiro.
O vereador fez questão de ressaltar a todo momento que seu processo não é de cassação e sim de perda de mandato. “Quero deixar bem claro que meu processo refere-se a perda de mandato, por infidelidade partidária, não a cassação. Não fiz nada de ilícito, de criminoso”, destacou Guerreiro, que disse ter trocado de legenda porque buscava representatividade.
Ele ainda afirmou que, se deixar o cargo de vereador após três anos de mandato, poderá disputar as eleições deste ano sem nenhum problema. Ele não confirmou se será candidato a prefeito, ou se há alguma definição neste sentido. “Eu sou presidente do PDT, mas não decido nada sozinho” acrescentou.
Nesta quinta-feira, o PDT promove a segunda reunião para discutir os rumos do pleito de 2008, no entanto, Guerreiro acredita que uma definição, inclusive, sobre coligações, só deverá sair na próxima semana, em mais uma reunião partidária.
Além de Guerreiro, o TRE/MS, analisa processos de perda de mandato dos vereadores Vera Helena Arsioli Pinho, que deixou o PDT e filiou-se no PMDB e Antônio Luiz Teixeira Empke Júnior, que deixou o PV pelo PPS.