CÂMARA MUNICIPAL DE TRÊS LAGOAS

----- O PODER DO POVO -----

   
 
 
 
Guerra repudia discurso de xenofobia contra trabalhadores
27/05/2008
 

 


Em seu último pronunciamento na Câmara dos Vereadores, José Augusto Morila Guerra manifestou seu repúdio sobre o que chamou de “ discurso de xenofobia”, referindo-se a rumores disseminados por grupos de cidadãos três-lagoenses que atribuem e difundem a idéia de que o aumento da violência deve-se à vinda dos trabalhadores que migraram de Estados como Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia, etc.,  em busca de espaço no mercado de trabalho aberto pelas indústrias em implantação, principalmente na construção civil.

“Todos sabemos que Brasília também sofreu este impacto na época de sua construção e olhem o que é Brasília hoje. Todos se lembram dos ‘calangos’ que, na verdade viabilizaram o projeto de Oscar Niemeyer. A violência que vem acometendo a cidade me parece ter outro perfil”, afirmou.

Guerra mencionou o recente estupro cometido por um pai contra a filha de 12 anos na cidade de Selvíria (MS), como também o episódio do irmão de 18 anos que abusou sexualmente da irmã de 11, aqui em Três Lagoas. “A violência quando dentro da própria família assume ares de terror”, opinou. Não é exagero vincular questões como estas a casos similares que vêm ocorrendo sucessivamente no cenário nacional.
Violência sexual

Guerra lembrou ainda que em 18 de maio comemora-se o Dia Nacional Contra Abusos Sexuais de Crianças e Adolescentes – violência que ele afirma estar se tornando muito “óbvia, próxima e explícita”. O parlamentar afirmou também que a comissão de enfrentamento e combate às práticas de violência e exploração sexual de crianças e adolescentes no município está agindo. “No entanto, o que percebo é que ainda falta uma maior mobilização social. As pessoas precisam se engajar, se comprometer”, reiterou o vereador, citando como exemplo o funcionário de cantina de escola que, pela convivência com as crianças e atento aos “movimentos” da escola pode detectar situações de assédio sexual e fazer a denúncia. “É preciso denunciar”, reafirmou.

Segundo Guerra, este é o foco para o qual a cidade deve olhar no momento. Ele finalizou seu pronunciamento fazendo um apelo à população três-lagoense que seja mais aberta, mais receptiva, mais solidária com os que vêm de fora, lembrando que será através do árduo trabalho destes homens – muitos dos quais deixaram suas próprias famílias em busca de trabalho - que o progresso e o desenvolvimento tão desejados pelo município serão concretizados.