CÂMARA MUNICIPAL DE TRÊS LAGOAS

----- O PODER DO POVO -----

   
 
 
 
Câmara oferece chá da tarde em homenagem ao Dia da Mulher
09/03/2009
 

 

Cerca de 200 mulheres lotaram o salão de eventos da Câmara Municipal de Três Lagoas, neste domingo (8), para comemorar o Dia Internacional da Mulher, em homenagem especial proposta pelas vereadoras Vera Helena (PMDB) e Marisa Rocha (PSDB).

No dia dedicado a elas, jornalistas, assistentes sociais, pedagogas, pastoras, donas-de-casa, policiais civis e militares, presidentes de associações de bairros, professoras, servidoras municipais do Legislativo e Executivo Municipal e várias outras profissionais discutiram questões importantes como direitos e conquistas que hoje fazem a diferença no dia-a- dia de cada uma e o enfrentamento à violência doméstica. Ao final, foi servido um chá da tarde.

O evento organizado pelas vereadoras, com o apoio dos demais vereadores, foi prestigiado pela prefeita Simone Tebet, pela delegada da Mulher, Magali Corsato, pela secretária de Assistência Social, Lúcia Firmino, pela presidente da Associação de Moradores do Jardim Alvorada, Raquel Reis da Gama, pela esposa do presidente da Câmara, Gisele Thomé,além de servidoras municipais do Legislativo e Executivo e pelo vereador Celso Yamaguti.

 

Discussões - Sobre violência, a delegada Magali Corsato, da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher, fez uma palestra, reforçando a necessidade de se estabelecer igualdade de gênero, de oportunidades e, principalmente, afirmou que a luta contra a violência que atinge as mulheres deve ser tanto masculina quanto feminina, sobretudo na educação menos machista dos filhos.

Ela discorreu sobre a Lei Maria da Penha e explicou que a violência não se caracteriza apenas por agressão física. "Às vezes, tudo começa com uma pequena ofensa, depois vem a ameaça, um empurrão, até chegar aos tapas e à morte. Por isso, na primeira ofensa é preciso denunciar porque podemos chamar este homem, conversar e até resolver a questão. Não é vergonha denunciar, a vergonha é deles, porque são criminosos", afirmou.

Magali Corsato relatou que mensalmente são lavrados 100 boletins de ocorrência, porém 70% retiram a queixa e, de acordo com dados da Justiça, dos 30% somente 10% levam a denúncia até o fim. "A violência contra a mulher é democrática, atinge todos os níveis sociais e econômicos. Temos que reduzir todos os índices. As mulheres podem ocupar espaço com igualdade porque fazemos bem tudo que acreditamos que somos capazes de fazer".

A secretaria municipal de Assistência Social, Lúcia Firmino, destacou os programas municipais de assistência à mulher e a seus filhos e ainda antecipou que está em estudo a implantação do Conselho Municipal dos Direitos das Mulheres. Outra questão levantada pela secretária foi a educação machista. "Muitas vezes, quem mais discrimina somos nós mesmas", avaliou.

A vereadora Marisa Rocha (PSB) conclamou as presentes a trilhar caminhos pela política, como um dos meios de conquistar espaço e direitos sociais. "Temos que sair do casulo e reivindicar direitos de fato, assumir cargos de liderança, discutir a implantação do Conselho Municipal e da Coordenadoria de Assuntos Especiais, criar grupos nos bairros e participar mais da Câmara e da política", convidou. Marisa lembrou que, apesar de o eleitorado ser mais de 50% feminino, em nível nacional menos de 10% das representantes são mulheres.

Já a vereadora Vera Helena (PMDB) ressaltou que, embora a lei exija que os partidos reservem 30% das vagas a candidaturas femininas, a sociedade ainda discrimina as mulheres que optam pela vida pública. Vera lembrou das sobrecargas sofridas pela dupla ou tripla jornadas e citou a prefeita Simone Tebet como o grande exemplo para que as mulheres enfrentem e vençam batalhas.

Simone Tebet (PMDB) afirmou que, desde o momento em que aceitou ser candidata à prefeitura, estabeleceu como missão fazer diferença para que seu trabalho levasse a sociedade a olhar as mulheres com outros olhos, reconhecendo de fato suas capacidades e talentos. "Sempre disse que não ia denegrir a imagem da mulher e que faria o máximo, mesmo que fosse pouco, daria o máximo de mim para vocês sejam reconhecidas", disse. A prefeita ainda frisou a dobradinha feminina com a vice-prefeita Márcia Moura e a busca por uma política da solidariedade, amor e fraternidade. "Administro pensando nas mães, nos filhos, nas esposas. Sempre penso no que as mulheres fariam se estivessem no meu lugar", confidenciou. No entanto, lamentou que o que realmente diferencia homens e mulheres, hoje, é a violência contra a mulher, o que deve ser combatido com políticas públicas que o município vem adotando e pretende ampliar.