CÂMARA MUNICIPAL DE TRÊS LAGOAS

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Pecuaristas e empresários relatam problemas nas estradas
28/01/2005
 

Prejuízos, perda de tempo, desvios desnecessários, insegurança, desconforto, falta de transporte. Os relatos dos produtores rurais e das pessoas presentes à reunião de ontem dão o panorama de dificuldades que todos encontram ao transitar pelas estradas do Estado.


O pecuarista Nelson Sestini dos Santos reclamou que precisa tirar dinheiro do bolso, junto com fazendeiros vizinhos, para tornar transitável um trecho de ligação às suas propriedades. “Mesmo pagando quase R$ 5 reis por cabeça transportada, tenho que fazer a manutenção”, reclamou.


Já o pecuarista Cláudio Souza, o Cláudio Totó, informou que tem dificuldades para manter os funcionários nas propriedades, porque os filhos não conseguem ter acesso às escolas de forma satisfatória. Também ouve reclamações quanto ao transporte público porque as empresas têm se recusado a colocar ônibus rodando nas estradas precárias. Assim, o produtor rural tem que carregar os trabalhadores e são multados.


O representante do frigorífico, José Rosa Marçal, afirmou que a empresa tem prejuízos porque precisa fazer desvios de 100 a 150 quilômetros e ainda sofre perdas porque a carne sofre “machucados” com os solavancos, perdendo preço e qualidade para a exportação.


Alguns participantes também reclamaram da situação da MS-112, que foi recuperada no ano passado, mas que já está em péssimas condições de tráfego, principalmente devido ao grande fluxo de caminhões com peso acima do projetado, que estão transportando eucalipto colhido na região.


Segundo o coordenador da Agesul, vereador Cláudio César, o governo investiu R$ 900 mil nesta estrada, mas a deterioração acaba ocorrendo porque é preciso mudar a estrutura. “É uma estrada de leito natural e precisa ser implantada, ou seja, ter seu leito levantado, com um sistema melhor de escoamento, para sofrer menos danos", explicou.