O gerente da Agência Regional de Trânsito, Anésio Anselmo Ferreira ocupou a tribuna da Câmara Municipal de Três Lagoas, durante a última sessão ordinária, para explicar sobre a vistoria feita nos veículos que fazem o transporte escolar na região, e também, os desdobramentos da reunião realizada entre representantes da SED (Secretaria Estadual de Educação) e da Secretaria Municipal de Educação.
Em ofício enviado a Casa de Leis, o diretor alegou que era necessário informar a população tais fatos, principalmente, porque houve uma grande polêmica sobre a questão na mídia.
O gerente frisou que a problemática do transporte escolar na zona rural foi apresentada na Casa de Leis, ganhou destaque na mídia e deixou claro que o serviço é de responsabilidade tanto do Município quanto do Estado.
Ele destacou que durante a vistoria feita nos 24 veículos que transportam crianças da zona rural, 17 foram reprovados. “A grande maioria dos veículos só foram reprovados em função das placas dos veículos serem de municípios diferentes e julgaram o Estado por isso, dizendo que os veículos estavam em más condições, só que a placa não transporta aluno é o ônibus”, disse Ferreira.
Anésio ainda afirmou que em reunião realizada entre representantes da SED e da Secretaria Municipal de Educação para discutir o assunto, o Município alegou que não tem condições para assumir as linhas, que hoje são provisoriamente de responsabilidade do Estado.
“O Estado está fazendo a parte dele. Estou fiscalizando pessoalmente o andamento do transporte no distrito de Arapuá. Atualmente, respondemos por oito linhas e 11 ônibus transportam cerca de quatrocentos estudantes”, frisou Anésio.
O gerente do Detran explicou que cabe agora ao município elaborar leis que assegurem o direito ao transporte escolar.
O vereador Antônio Luiz Empke Junior (PV) fez alguns questionamentos sobre o papel que o Estado tem desempenhado no transporte escolar. “A reclamação das famílias é de que os alunos perdem metade da semana letiva por falta de transporte”, contou o vereador”.
Anésio justificou que as estradas não oferecem condições para o tráfego dos veículos, ou seja, um problema que já não é do Estado.
O presidente do Legislativo, José Augusto Morila Guerra (PMDB), também ressaltou o desempenho da Câmara, que no ano passado fez uma audiência pública sobre o tema a pedido de vereador Ângelo Guerreiro (PSB).
