Diante da determinação do Ministério Público de exigir a implantação de um aterro sanitário em Três Lagoas, o vereador José Augusto Morila Guerra (PMDB) mobiliza-se para criar ou uma cooperativa ou uma Associação de Catadores de Lixo. “Com a implantação do aterro, os catadores não poderão mais entrar no lixão e por isso temos esta propostas de montar um grupo para que eles possam através da coletiva seletiva manter sua fonte de renda”, explica Guerra.
O vereador esteve visitando o local nesta semana, onde conversou com alguns catadores (só haviam catadores) sobre sua proposta. A catadora Gealneti Liberato de Almeida, de 55 anos, disse ao vereador que há 11 anos vive de catar papelão, garrafas e quaisquer materiais que possam ser vendido para reciclagem. Com o dinheiro, cerca de R$ 500, ela sustenta a família (marido, filha e netas). “A gente cata tudo que possa ser revendido, plástico, papelão, latinha e já acostumei com o cheiro, com o lugar”, afirma a catadora.
Para viabilizar a entidade dos catadores, Guerra irá reunir-se com os trabalhadores, se possível no lixão. O objetivo é regularizar a situação do grupo o quanto antes.
Diariamente são depositadas oitenta toneladas de lixo, no local onde funcionará o aterro, 25% do total de detritos é de material reciclável.
Guerra ressalta que a separação dos resíduos sólidos e o aproveitamento do lixo orgânico e do material reciclável tem sido uma alternativa importante para a melhoria da qualidade ambiental, a redução de perdas no aproveitamento de produtos, além do aumento da vida útil do aterro sanitário, como também um importante mecanismo para promover uma mudança nos hábitos da população.
O vereador ainda apresentará sua proposta à prefeita - para discutir melhor o assunto com a chefe do Executivo Municipal que sempre preocupou-se com questões sociais e ambientais - e também aos colegas vereadores.