O vereador Guerra não poderia deixar passar em branco um momento tão estressante para o Brasil que foram estas três últimas semanas onde a cada dia assistia-se pela TV o desenrolar de uma novela com características de filme de terror: o caso Isabela.
Mas não foi sobre o caso Isabela que o vereador discursou, durante a última sessão da Câmara. Apenas citou um exemplo chocante de violência, de conhecimento geral da população contra uma criança.
Não é de hoje que Guerra abraçou esta causa e muito já foi feito, com toda certeza. Mas o retrato mais recente que a mídia nos apresenta reflete um quadro um tanto sinistro.“Fato que nos faz insistir no enfrentamento frontal ao problema da violência contra a criança e o adolescente” ressalta Guerra.
A questão requer comoção mesmo, mobilização da opinião pública para que esta faça coro com as ações parlamentares. Lutar pela dignidade, segurança, integridade física e emocional das crianças é dever de todos.
Guerra abordou a questão do ponto de vista da criança, o que tornou sua fala ainda mais contundente. “Será que já paramos para pensar no impacto que o caso Isabela causou na cabeça de inúmeras crianças que vivem à mercê da violência doméstica em seu cotidiano?” questionou o Vereador. “Parece uma realidade um tanto distante? Pois sabemos que não é” afirmou Guerra. Aí está a mídia expondo o fato, às vezes à exaustão.
Segundo Guerra a questão da violência vem “quebrando paradigmas deixando claro que não é somente na classe baixa que ela se manifesta de forma brutal”. E é bom que se diga, e se necessário que se repita. Quantas vezes se fizerem necessárias desabafou o Vereador.
Guerra que convive grande ou maior parte do seu tempo com crianças pode afirmar com propriedade os danos irreversíveis que a violência – tanto física como emocional - causa nas crianças e nos adolescentes.
Mas apontou caminhos: fortalecer o núcleo familiar e também apoiar instituições que representem as crianças na defesa de seus direitos.
“Que a oposição chame de oportunismo, que os cínicos dêem os ombros alegrando exploração pela mídia. A violência contra crianças e adolescentes é um fato. Está presente na TV, nos jornais locais, em nossa vizinhança, e por que não dentro das nossas próprias casas ainda que de modo embrionário?”.
E ele acrescenta: “Que se diga não. Que se denuncie. Que o povo se organize e se mobilize em defesa da vida. Que se repudie e se denuncie todo e qualquer tipo de violência, principalmente as praticadas contra crianças e adolescentes”.