Criação de um Ministério da Segurança Pública, instituição do toque de recolher em nível nacional, integração das polícias e sociedade, valorização dos funcionários do setor e equiparação salarial em todo o território são algumas das propostas aprovadas pelos três-lagoenses durante a I Conferência Municipal de Segurança Pública, promovida pelo Conselho Comunitário de Segurança Pública e Prefeitura de Três Lagoas e com presença do vereador Idevaldo Claudino (PT), entre outras 80 autoridades civis, militares e comunitárias.
A Conferência foi realizada no sábado (16), no Auditório da UFMS (Universidade Federal do Mato Grosso do Sul), e as propostas serão encaminhadas para a I Conferência Nacional de Segurança Pública, que ocorrerá em Brasília no mês de agosto. O coronel José Loubet, de Campo Grande, abriu o evento explicando que a oportunidade da sociedade discutir e propor o modelo de segurança pública que deverá ser implantado era um grande avanço, sobretudo porque o assunto já foi tratado como questão de manutenção do regime militar e como segurança nacional e, atualmente, diz respeito aos direitos dos cidadãos. "Com certeza, vamos colaborar para as mudanças necessárias na legislação", afirmou o coronel.
O vereador Idevaldo, representando a Câmara, reafirmou sua disposição em trabalhar pela melhoria da cidade em todos os aspectos e parabenizou os participantes pela iniciativa de assumir a responsabilidade de discutir e buscar soluções para a área.
A prefeita Simone Tebet também participou da abertura dos trabalhos e sugeriu que fossem feitas propostas concretas. "Sabemos quais são as causas da violência e temos que ter os pés no chão, na hora de formular as propostas", afirmou. Simone ainda ressaltou que, embora a Constituição estabeleça que segurança pública é atribuição dos governos estaduais, a prefeitura de Três Lagoas, em parceria com a Câmara Municipal tem se empenhado em apoiar as polícias, dentro dos limites legais.
A presidente do Conselho da Comunidade, Maria Auxiliadora Garcia Martins, a Rosa, avaliou que a conferência foi um sucesso, com 80 participantes de todos os setores, incluindo de cidades vizinhas, como Ilha Solteira e Andradina, e por ter transcorrido em clima de muita cordialidade e espírito de trabalho entre todos. "Às vezes, a polêmica atrapalha o foco e conseguimos trabalhar em acordo, de forma propositiva", afirmou.
O relatório com as propostas será encaminhado para a conferência nacional e, segundo Rosa, será avaliado em conjunto com as propostas que seguem das conferências municipais e estaduais, podendo compor as políticas públicas de segurança para aplicar em todo Brasil.