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Fórum discute instalação da fábrica de fertilizantes em Três Lagoas
 


>>19/08/2010

Na última quarta-feira (18), foi realizado o primeiro dos três fóruns que vão discutir e informar a população sobre a implantação da fábrica de Fertilizantes da Petrobras, em Três Lagoas. O evento foi realizado no CRASE "Coração de Mãe".

No ato, o secretário de Desenvolvimento Econômico, Marco Garcia de Souza, representou a prefeita Márcia Moura. Também estiveram presentes secretários e diretores municipais, representantes de vários segmentos da sociedade, além de jornalistas de vários veículos de comunicação.

O fórum foi presidido pelo engenheiro Peter Alves Montandon, responsável pelo projeto de Três Lagoas, e pela geógrafa Bárbara Almeida, responsável pela área de meio ambiente da Petrobras.

Peter e Bárbara detalharam os objetivos e os possíveis resultados com a implantação da fábrica no município. "Tivemos muito trabalho para estudar uma maneira que causaria o menor impacto sócioambiental, ou pelo menos minimizar os impactos. Vários estudos e pesquisas foram feitas, buscamos e nos baseamos no que há de mais modernos na construção de fábricas petrolíferas do mundo. A estratégia de segurança adotada é a mesma usada na construção de empresas nuclear", esclareceu a geógrafa.

Por fim, o engenheiro falou do processo de qualificação de mão de obra e dos empregos que serão gerados. "Serão abertos aproximadamente 380 postos de trabalhos, através de concurso publico, mas também serão abertas vagas no setor de apoio. O nosso objetivo é contratar o máximo possível de mão de obra local" concluiu Peter.

Marcos Garcia aproveitou a oportunidade para explicar a importância da participação da população nos fóruns. "É necessário que a população participe em todas as etapas com opiniões, sugestões e críticas. O município terá um impacto econômico visível, aumentando na arrecadação de ICMS, o que significa mais qualidade de vida para a população", enfatizou o secretário.

Com respeito ao local escolhido para a implantação da fábrica, Bárbara, afirmou que foram usados vários critérios como uma pesquisa, que demonstrou ser Três Lagoas o melhor local para a realização do projeto. Um dos fatores mais relevantes para a instalação da fábrica de fertilizantes nitrogenados III em Três Lagoas é a presença do gasoduto Bolívia-Brasil. Atualmente, já existem fábricas do mesmo produto na Bahia e em Sergipe, sendo que as duas juntas não alcançam a produção que será implantada no município.

Os próximos fóruns serão realizados no dia 20 de agosto, no Círculo Militar, no bairro Vila Piloto;dia 24, no Jupiá, e dia 27, na Câmara Municipal de Brasilândia.

Além dos fóruns, será realizada uma audiência pública no dia 16 de setembro em Três Lagoas.

Produção - A Unidade de Fertilizantes Nitrogenados (UFN III) de Três Lagoas produzirá 2,2 mil toneladas/dia de amônia e 3,6 mil toneladas/dia de uréia, sendo a maior fábrica de fertilizantes nitrogenados do Brasil.

Estes produtos, sobretudo a uréia, são as principais fontes de nitrogênio para a agricultura, constituindo 54% do composto consumido no Brasil. Segundo os técnicos, a fertilização nitrogenada aumenta a área foliar das plantas e permite maior captação da energia luminosa e aumentando a produtiva agrícola.

A implantação da UFN III ajudará a reduzir a dependência brasileira e, em conseqüência, o nível de importações de fertilizantes, já que o Brasil, atualmente, importa cerca de 70% do fertilizante que consome.

De acordo com informações divulgadas pela Petrobras, a região central do País - Sudeste, Centro-Oeste e Tocantins - consome 75% de toda a uréia usada no Brasil e este consumo é praticamente todo importado. Com a nova fábrica, o principal mercado será esta região.

Impactos ambientais - Segundo a empresa, a avaliação de impactos ambientais nas fases de planejamento, construção e operação detectou a possibilidade de 22 impactos , dos quais quatro são positivos e 18 negativos. Deste total, sete impactos incidem sobre fatores ambientais do meio natural e 15 sobre o meio socioeconômico.

No entanto, a Petrobras apresentou uma listagem de 26 medidas minimizadoras e compensatórias que deverão ser implantadas para a viabilidade ambiental do empreendimento. 

 

Elisangela Ramos

 

 



 
 
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