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Câmara comemora Dia da Água com campanha pelo uso consciente
 


>>21/03/2011

 


A Câmara Municipal de Três Lagoas (MS) promoverá amanhã (22), Dia Mundial da Água, uma sessão especial para tratar da questão no município. Além disso, serão votados projetos em defesa da água e lançada uma campanha inusitada para divulgar o uso racional deste bem. A ideia do presidente da Casa, vereador Nuna Viana (PMDB), e dos idealizadores do projeto é provocar uma reflexão sobre o assunto e envolver a população em práticas que signifiquem economia e uso consciente.

Justamente pensando nisso, a campanha "Pouca água & Muita limpeza", trará a proposta de um desafio ousado e diferente: que, na semana de 22 a 29 de março, a população tome seu banho, pelo menos um dia, usando apenas um balde de água, ao invés de usar o chuveiro. A iniciativa tem inspiração em outras campanhas, como o Dia Mundial Sem Tabaco, o Dia Mundial Sem Carro e a Hora do Planeta(26 de março) , quando se apagam as luzes por uma hora.

Segundo cálculos, dez minutos sob o chuveiro são suficientes para gastar 96 litros, o equivalente a 35.040 litros, por ano, para cada pessoa que toma apenas um banho por dia. Com um balde de água, gastam-se cerca de 20 litros por banho.

"Vivemos numa zona de conforto, que é ligar o chuveiro e permanecer debaixo dele por minutos. Quando saírmos desta zona de conforto e fizermos o ritual de encher o balde, nos molharmos com uma caneca, nos ensaboarmos e depois nos enxaguarmos, vamos perceber que 20 litros dão o mesmo resultado que 90, 100 litros. A limpeza é igual e a sensação de descanso e frescor também. É uma atitude simbólica para que se perceba que pouca água promove muita limpeza. Talvez, dali para frente a gente pelo menos gaste menos tempo no chuveiro ou feche o registro na hora de se ensaboar", explicou Nuna Viana, lembrando que hoje temos abundância e que, em situações de escassez, talvez até mesmo um banho de balde seja restrito à maioria da população.


Folhetos com dicas de economia

A Câmara ainda vai distribuir folhetos nas escolas com 11 práticas nas quais pouca água produz muita limpeza. A visão dos idealizadores é dar dicas mostrando como o consumo diário pode ser reduzido com novos comportamentos, principalmente nos serviços domésticos e na higiene pessoal, atividades que consomem mais do que o uso para cozinhar e beber. No link http://noticias.uol.com.br/ultnot/cienciaesaude/ultnot/2009/01/07/ult4476u36.jhtm é possível calcular quanto se gasta por banho, o que dá parâmetros sobre o quanto se economizaria com outros hábitos de se banhar.

No Dia Mundial da Água, a Câmara será visitada por estudantes, que participarão de palestra com o professor doutor José Luiz Lorenz Silva, da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), sobre a questão da água na cidade e de apresentações alusivas ao tema.
Projetos de lei em defesa da água

Os vereadores também apreciarão e votarão dois projetos de lei que delineiam o compromisso do Legislativo com a questão. Um deles, cria a Frente Parlamentar de Defesa da Água, que estabelecerá um grupo de vereadores que discutirá as políticas públicas para uso dos recursos hídricos no município, principalmente diante do processo de industrialização e crescimento da população, e o outro criará a Semana Municipal da Água.

Dia Mundial da Água
O Dia Mundial da Água foi criado pela Organização das Nações Unidas (ONU) no dia 22 de março de 1992, destinando a data à discussão sobre os diversos temas relacionados ao bem natural.

Em 2011, o tema é "Água para as cidades: responder ao desafio urbano" e visa incentivar os governos, organizações, comunidades e indivíduos a participarem ativamente na resolução do desafio da gestão das águas urbanas com um manejo sustentável.

Com o tema, os organismos que discutem o assunto pretendem chamar a atenção do mundo para o impacto do rápido crescimento urbano, industrialização e as incertezas provocadas pelas mudanças climáticas, os conflitos e as catástrofes naturais em sistemas urbanos de água.

A preocupação é de que, pela primeira vez na história da humanidade, a maioria da população mundial vive em cidades: 3,3 bilhões de pessoas. Além disso, as cidades mantêm um ritmo de inchaço e, o mais preocupante, com 38% do crescimento representado pela expansão das favelas, locais onde os sistemas de abastecimento e esgotamento sanitário são precários, assim como a preservação de nascentes, córregos e rios.

O ritmo de ocupação urbana, segundo os especialistas, só tende a cresce. A expectativa é de que, em duas décadas, 60% da população, o equivalente a 5 bilhões de pessoas, habitará as cidades. E este ritmo não será acompanhado pelo crescimento da infraestrutura urbana, o que poderá provocar um colapso na oferta de água para todos os países e complexos urbanos.

Ana Maria Barbosa



 
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