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Nuna propõe transformar lixo em energia em Três Lagoas
 


>>19/04/2011

 

O presidente da Câmara Municipal de Três Lagoas, vereador Nuna Viana (PMDB), defendeu, na sessão desta terça-feira (19), a implantação de um sistema de reaproveitamento do lixo orgânico, coletado no município, para a transformação em energia elétrica e fertilizantes. O sistema, segundo ele, resultaria em economia de R$ 2,411 milhões por ano aos cofres públicos, já que a empresa que vai operá-lo repassaria 72 MW de energia diários à prefeitura, destinaria 50% dos recursos com crédito de carbono e faria o processamento dos materiais orgânicos, atualmente enterrados.

O vereador realizou estudos e pretende encaminhar um projeto de lei para votação na Câmara, nos próximos dias. "Tenho certeza que a administração vai receber o projeto com as duas mãos, porque não vai gastar nada e ainda vai receber. Além disso, não há nenhum prejuízo para a empresa que faz a coleta e administra o aterro", defendeu Nuna.

Ele ainda lembrou que o aterro sanitário passaria a ter vida útil mais longa e que poderia ser constituída uma cooperativa de pessoas interessadas em selecionar o lixo seco reciclável.

Atualmente, segundo o vereador Nuna, 50% das 75 toneladas/dia de resíduos coletados em Três Lagoas é composta de materiais orgânicos. Este montante resultaria na produção de metano que, por sua vez, produziria 15,6 mil KW/dia de energia.

O processo utilizado será a prensagem e extrusão dos resíduos a alta pressão e, tanto os gases resultantes da biodigestão (gel orgânico) quanto da conversão térmica (parte seca), serão utilizados como combustíveis em geradores de grande porte. A energia gerada deverá ser conduzida para subestações da concessionária elétrica, passando a fazer parte do sistema nacional de abastecimento.

 

Fertilizantes - Após realização dos processos de biodigestão e conversão térmica, haverá sobra de 5 toneladas/dia de resíduo rico em nitrogênio, fósforo e potássio, que poderá ser vendido como fertilizante.

Outra vantagem do projeto é a captura de gás metano, no processo, o que permite a redução a emissão mensal de 3.120 toneladas gás carbônico, na atmosfera. Este volume pode ser vendido como crédito de carbono, de acordo com o Protocolo de Kyoto.

"Teremos que realizar um Parceria Público-Privada de Concessão Administrativa e ceder uma área de 10 mil metros quadrados, dentro do aterro municipal, para a implantação do sistema. Existem projetos semelhantes em Londrina e Ponta Grossa, no Paraná, e iremos conhecer, para saber quais são os resultados. Temos que começar logo, para colher os lucros", afirmou o vereador. A empresa interessada em implantar o sistema avalia que investirá R$ 21 milhões.

O vereador Idevaldo Claudino (PT) apoiou a iniciativa de Nuna. "A cidade ganha com estas parcerias", disse. Jorginho do Gás (PSDB) também aprovou a ideia e sugeriu que outras indústrias de porte, como Petrobas e Fibria, construam a subestação para distribuição da energia que poderá ser gerada. "É um projeto semelhante aos que existem no primeiro mundo", enalteceu o vereador tucano.

Ana Maria Barbosa

 

 



 
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