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Conselhos de defesa da criança querem rede de atendimento
 
Presidente da Câmara recebe reivindicações de conselheiros


>>14/02/2005

Conselhos de defesa da criança querem sistematização do atendimento

Eles informaram ao presidente da Câmara que falta uma rotina entre polícia, médicos e entidades

 

O presidente da Câmara Municipal, vereador José Augusto Morila Guerra, reuniu-se na manhã de sexta-feira (11) com conselheiros tutelares, representantes do projeto Sentinela e do Conselho Municipal de Defesa da Criança e do Adolescente (CMDCA) para discutir soluções para as dificuldades que eles têm encontrado no atendimento dos casos de violência sexual contra crianças e adolescentes.

            Segundo os conselheiros, o encaminhamento tem sido desordenado e há falta de uma rede que envolva polícia, peritos criminais e médicos, de forma a dar um atendimento mais rápido e eficaz às vítimas.

            Guerra sugeriu a realização de uma audiência envolvendo todos os setores municipais e estaduais que atuam no caso, possivelmente no dia 2 de março. Ele requisitou a marcação da data com a prefeita Simone Tebet e as outras autoridades para que os representantes de defesa da criança e do adolescente possam apresentar as reivindicações e sugestões de sistematização de uma rotina municipal para o atendimento.

Segundo Alzira Marques de Moraes, assistente social do projeto Sentinela, é necessário que a vítima seja encaminhada para o médico o mais rápido possível para que receba os medicamentos do chamado “kit violência”, que inclui coquetel anti-HIV, vacina contra hepatite B, pílula do dia seguinte e remédios para evitar o contágio com outras doenças sexualmente transmissíveis.

“O problema é que os medicamentos contra Aids devem ser aplicados até duas horas depois de praticado o ato violento. Muitas vezes, a família só vai à polícia dias depois. Ontem (dia 10), encaminhamos ao médico um caso de um garoto de cinco anos estuprado dia 20 de janeiro. Ele fez exame de corpo de delito no IML e não foi levado ao médico, embora estivesse com dores abdominais. Não encontramos pediatra para atendê-lo e o médico só constatou a violência que já havia sido constatada. Temos que agilizar porque, senão, a criança acaba sendo vítima mais de uma vez”, afirmou Alzira.

Ana Maria Leal Previato e Vilma Portela, do CMDCA, aproveitaram para informar ao presidente do Legislativo que o conselho ainda não conta com a estrutura física, de veículos e de pessoal para que o atendimento seja realizado conforme a legislação.

Participaram ainda da reunião a presidente do Conselho Tutelar, Leide Patrícia Dias, e o conselheiro Marcelo Filomeno Pena, e a coordenadora do Sentinela, Creusa Ramos Monteiro.

Guerra informou que a Câmara Municipal poderá formar uma de apoio aos defensores dos direitos da criança e do adolescente, com objetivo de que o Poder Legislativo acompanhe a política municipal de atendimento.



 
 
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