A Câmara Municipal de Três Lagoas e o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e Adolescente (CMDCA) realizam mesa redonda para buscar alternativas de organização da rede de atendimento a menores vítimas de violência sexual e para o uso sistemático e ágil do “kit violência”, nesta quarta-feira (16), às 19h30.
O chamado “kit violência” é composto por medicamentos e práticas de atendimento que visam reduzir os danos causados pelo ato de violência sofrido e deve ser aplicado com muita rapidez para evitar que a criança adquira doenças sexualmente transmissíveis, como sífilis, gonorréia e até Aids. Também é composto pela pílula do dia seguinte, com objetivo de evitar uma gravidez originada de estupro, e vacina contra hepatite B..
Segundo o presidente da Câmara, José Augusto Morila Guerra, o objetivo é que o kit esteja disponível na rede de hospitais e no Posto de Atendimento Médico (PAM) e que os profissionais estejam capacitados para fazer o atendimento. “O atendimento à saúde do menor, no primeiro momento, é mais urgente que levar o caso para a polícia”, afirmou.
No entanto, a mesa redonda quer debater também a preparação dos policiais civis e militares, para que eles encaminhem as vítimas para o atendimento médico com o máximo de urgência, já que a maioria das famílias procura a polícia antes do médico.
Outra discussão será a sistematização de apenas um exame clínico genital, provavelmente no Instituto Médico Legal (IML), durante o corpo de delito, para evitar que a criança seja novamente vitimizada, ao passar pelo exame na vagina ou ânus.
Devem participar da mesa redonda, representantes do projeto Sentinela, do Conselho Municipal de Defesa da Criança e do Adolescente (CMDCA), do Conselho Tutelar, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), da Vara da Infância e Juventude, polícias Civil e Militar, profissionais médicos e todos que trabalham com atendimento especializado a crianças e adolescentes.
A mesa redonda será realizada às 19h30, na Câmara Municipal e está aberta à população.