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Doutor em geologia conclama Três Lagoas à preservação da água
 
Lorenz lembrou que cidade está sobre a maior reserva subterrânea do planeta


>>23/03/2005

O professor doutor em Geologia, José Luiz Lorenz Silva, defendeu, na sessão ordinária do dia 22 de março, que a população deve ser amplamente informada sobre a importância da água na vida do planeta Terra, para que tenha consciência de que o recurso é esgotável e que a humanidade pode viver um colapso de abastecimento em um prazo não muito longo. Além disso, ele conclamou autoridades e população a irradiar, a partir da “Cidade das Águas” um grande movimento e ações pela preservação da água.
Ele fez esta defesa baseado nas informações de que Três Lagoas ocupa posição geográfica privilegiada, estando localizada no centro do ponto mais espesso do Aqüífero Guarani, o maior lençol subterrâneo de água do planeta. De acordo com ele, sob a região deve existir um lençol profundo de quatro a sete quilômetros de água, a maior reserva da planeta. “Estamos em cima da maior riqueza do mundo”, afirmou.
Além disso, Lorenz lembrou que o rio Paraná é o décimo maior do mundo e que a presença das três lagoas é um ponto de referência para a cidade. Em relação ao cartão postal que dá nome ao município, ele reivindicou que haja programas públicos destinados a reflorestar o entorno das lagoas, com espécies do cerrado nativo.
“Se houvesse estímulo para devolver o cerrado em volta das lagoas, o povo ficaria extremamente agradecido, primeiro porque haveria renovação da água e depois porque haveria um bosque agradável para o lazer do fim de semana”.
Mas como todo o processo de consciência passa pela educação, o professor afirmou que o poder público e a comunidade têm o dever de discutir o assunto, incluindo nele o conhecimento sobre a origem deste recurso natural no planeta. Por isso, o doutor iniciou sua palestra contando como se formaram os primeiros vapores ao redor da calota terrestre e como aconteceu a primeira chuva, que teria formado os mares primitivos.
“Os gases desprendidos pelas rachaduras na esfera rochosa que era a terra se condensaram ao encontrar o frio, virando água na forma líquida. A água, atraída pela gravidade caiu, chovendo pela primeira vez. A água já estava na terra e não veio do espaço. E nós somos produto dela, somos filhos da água. E como degradar a mãe?”, explicou o professor doutor.


 
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