Durante a mesa redonda, o coronel PM Jairo Paes de Lira, que defende o voto não, ou seja, que não seja proibido o comércio de armas e munições, apresentou como principal argumento que todos têm o direito constitucional à legítima defesa e este direito seria perdido caso o comércio fosse suspenso.
Ele afirmou que mesmo os quase 6% dos brasileiros que têm arma legalizada ficariam sem condições de usá-las quando acabassem seus estoques de munição.
“Teríamos que usar nossas armas como um vaso para colocar uma flor no cano ou como martelo. Nosso direito de legítima defesa é um sagrado direito constitucional que seria eliminado do universo jurídico. E temos que nos lembrar que não existe força policial no mundo que possa nos garantir a defesa, em todo o tempo, para todas as pessoas e em qualquer circunstância”, afirmou.
Para o coronel Paes de Lira, outro risco é que o Estado não oferece segurança de que bandidos serão desarmados. “A cultura de paz deve ser preservada, mas com os pés no chão. A paz chegará. As armas não são instrumentos do mal quando estão em mãos solidárias e de cidadãos de bem”, concluiu.
Em suas falas, o deputado Loester Nunes, o comandante do quartel, major Mello, o representante da PM, tenente James Magno, e o presidente do Clube do Tiro, Sérgio Jereminas, também defenderam o voto não.