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Notícia:
 
 
Realino apresenta caso de transformador que explodiu durante oitiva que investiga Elektro
 


>>23/10/2018

Luis Ântonio Porta e Fábio Costa falaram sobre a atuação da concessionária no município

 

Em continuidade aos trabalhos de investigação sobre a qualidade do fornecimento de energia em Três Lagoas, a Comissão de Inquérito (CI) da Câmara Municipal realizou, na noite desta terça-feira (23), a segunda oitiva,  ouvindo representantes da concessionária dos serviços, a Elektro. Na noite anterior (22), a comissão ouviu representantes da SEINTRA e ainda pretendem ouvir a Secretaria de Finanças e Orçamento.

A Comissão, formada pelos vereadores Apóstolo Ivanildo, Jorginho do Gás e Realino, interrogou dois representantes da Elektro, o superintendente de operação, Luis Ântonio Porta, e o especialista comercial, Fábio Costa. Eles estavam acompanhados do advogado Fabiano Farran Leal. Iniciando a oitiva, Porta apresentou dados da empresa e explanou sobre a iluminação pública e investimentos feitos.

Em Três Lagoas, segundo ele, são 17.171 pontos de iluminação pública de responsabilidade da Elektro. Foram feitas 1.372 podas de árvores na área urbana em 2018, embora a Lei Municipal nº 2.277/2008 defina que esta seja uma responsabilidade da prefeitura, afirmou Porta. Sobre a iluminação pública, ele demonstrou que alguns postes são de responsabilidade compartilhada com a Elektro e outros são exclusivos do Poder Executivo, como em praças e determinadas avenidas.

Falando sobre investimentos, Porta ressaltou que, de 2014 a 2017, foram investidos R$ 28,5 milhões no município. Apenas em 2018, ele ressaltou, o investimento é de R$ 22 milhões, sendo que somente a implantação de mais um gerador custou R$ 8 milhões. Além disso, está sendo feita a compra de um terreno para uma nova subestação, que deverá operar a partir de 2020.

Após estas informações, iniciou-se a oitiva, que durou cerca de duas horas. Os vereadores fizeram várias perguntas, inclusive algumas encaminhadas pela população através do Facebook, canal por onde a oitiva foi transmitida ao vivo. Nas respostas, Fabio e Luis Ântonio tentaram justificar que a Elektro segue rigorosamente a regulamentação da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), afirmando que 98% dos serviços são feitos dentro dos parâmetros estabelecidos pela agência.

O superintendente afirmou que os índices de atendimento melhoraram muito, se comparar o mesmo período deste ano com o de 2017. Porta alertou que, embora utilizem um sistema automatizado para reconhecer a queda de energia, quando ela acontecer em um ponto específico ou em um pequeno setor, a população deve entrar em contato e registrar uma reclamação pelo 0800 da empresa.

Jorginho do Gás questionou onde ficava a central que atende o consumidor pelo 0800. Os representantes disseram que fica em Campinas, onde a Elektro centraliza o atendimento de todas as cidades que atua para controlar e manter a qualidade do serviço, seguindo as regras da ANEEL.

Realino trouxe o caso de um alojamento onde o transformador explodiu por não aguentar o alto consumo. Porta explicou que nestes casos, nos quais a pessoa usa mais do que 50kW, é preciso entrar em contato com a Elektro para informar, a qual fará ajuste no fornecimento.

Os vereadores então questionaram o por quê deste teto de 50kW. “Essa quantidade de consumo é definida pela ANEEL. Ou seja, até 50kW, que correspondem a 10 chuveiros ligados, a Elektro tem o dever de ligar para qualquer um. E o custo disso é rateado para todos os clientes. Acima disso, o custo é imputado ao beneficiário e, uma parte, pela Elektro”, explicou Porta, que concluiu: “se alguém fala que vai usar a mais, devo cobrar dele a diferença, para os demais não pagarem”.

Sobre o crescimento populacional que Três Lagoas vivenciou, os membros da CI questionaram: quando um morador de uma quadra solicita a ligação de energia para sua casa, a empresa faz uma instalação pensando apenas naquela residência ou já se prepara para outras futuras dez residências que poderão ser construídas na quadra? Porta respondeu que não podem preparar o sistema para futuras residências, pois é um investimento grande e se as casas não forem construídas, o prejuízo para e empresa pode ser alto.

Durante a oitiva, os vereadores também questionaram sobre prazos, podas de árvores e alguns casos específicos, os quais a Elektro se comprometeu a dar uma atenção especial e justificar o ocorrido. E, finalizando, o vereador Apóstolo Ivanildo questionou como eles avaliavam o serviço prestado pela concessionária no município. Porta e Fábio concluíram que o serviço prestado em Três Lagoas é de qualidade. “Pode melhorar? Sempre pode. O quê e onde? Espero que a Câmara nos ajude a descobrir isso”, disse Fábio ressaltando que a empresa busca estar mais perto dos anseios da população e que, se a Casa do Povo recebe muitas reclamações, é porque algo precisa ser feito.  

Porta finalizou afirmando que a Elektro está disponível para quaisquer outras dúvidas e requerimentos. “Temos o mesmo interesse aqui: melhorar o serviço. Espero que esse trabalho possa render bons frutos para Três Lagoas”. Jorginho do Gás concluiu que essa discussão é salutar para o município. “A comissão não quer punir ninguém, mas melhorar o serviço de energia na cidade”, destacou.

Realino agradeceu a presença de todos e disse que as respostas foram satisfatórias. “Espero que a comissão dê uma resposta para a população, que é quem paga pelo serviço”, finalizou. Apóstolo, que é o presidente da comissão, agradeceu o acompanhamento da população, que esteve presente, inclusive online, sugerindo questões aos ouvidos.



 
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